28 de dezembro de 2007

Boas energias em dias chuvosos

Recebi esta mensagem de Boas Festas que, segundo o seu emissor, pertence a uma antiga "blessing" irlandesa. Adorei e por isso tenho de partilhar. Bem haja quem me formula estes votos.

“Que sejam as estradas a vir ao teu encontro;
Que o vento sopre sempre nas tuas costas;
Que o sol aqueça a tua face
e a chuva caia suavemente nos teus campos.
E até que nos voltemos a encontrar,
que o teu Deus te conserve na palma da mão”

Tears for Fears

27 de dezembro de 2007

When I need you - Leo Sayer


Se alguém bater um dia à tua porta,
Dizendo que é um emissário meu,
Não acredites, nem que seja eu;
Que o meu vaidoso orgulho não comporta
Bater sequer à porta irreal do céu.
Mas se, naturalmente, e sem ouvir
Alguém bater, fores a porta abrir
E encontrares alguém como que à espera
De ousar bater, medita um pouco. Esse era
Meu emissário e eu e o que comporta
O meu orgulho do que desespera.
Abre a quem não bater à tua porta!

Fernando Pessoa, 5-9-1934

Natal

O Natal ou esse frenesim em que transformámos o Natal...
Vale a lembrança de todos os que vão estando por perto ao longo do ano.

18 de dezembro de 2007

A Arte e a Vida

Foto tirada durante uma entrevista em Paris

15 de dezembro de 2007

O caminho dos amigos

Esta semana, um amigo lembrou-me de um ditado chinês que nos avisa para fazermos o caminho dos amigos regularmente para não crescer nele a erva.

Que verdade! E que distraída eu devo andar para me terem de lembrar disto.
Obrigada Sérgio!

13 de dezembro de 2007

As enguias e a areia

As enguias escorregam-nos das mãos com engenho. São esguias.
Não enganam. Olhamos e sabemos que é assim.
Têm uma espécie de fuga honesta, se é que alguma fuga pode ser honesta.

A areia, pelo contrário, parece espessa e firme.
Deixa-nos mesmo agarrá-la e convencer-nos de que nos pertence.
A ilusão dura até ao momento em que fechamos a mão. Traiçoeira, foge-nos por entre os dedos qual animal asfixiado.
E consegue.
Não sendo esguia consegue concretizar uma fuga lenta mas eficaz.

A frustração que fica quando a areia nos foge por entre os dedos é uma frustação de expectativas.

Ao contrário da enguia cuja agitação, rebelde, não nos engana, a areia faz-nos acreditar, por momentos, que a podemos possuir.

Moral da história:
A areia é boa para mexer e rebolar mas nunca para levar para casa.
Que o diga o aspirador doméstico entupido de grãos finos quando chegam os dias de sol.
As enguias, essas, são boas para comer mas nunca para agarrar.

10 de dezembro de 2007

Light a Million Candles

Está a ser feita uma petição online para acabar com os sites de pornografia infantil.
A única coisa que nos pedem é para acender uma vela virtual.
O objectivo é acender um milhão de velas em 4 meses.
Já acendi a minha.
http://www.lightamillioncandles.com

8 de dezembro de 2007

The Doors - Touch Me

Porque Jim Morrison faz anos. E porque não sabia mas hoje apeteceu-me ouvi-lo...e descobri aqui.

5 de dezembro de 2007

A confiança, esse estranho fenómeno

A CIA, como central de informações que é, assenta nas fontes e na credibilidade das mesmas.
Como tal, criou uma hierarquia de fontes, consoante os graus de credibilidade que cada uma delas merece:

Grau A - Completamente fiável. Aqui podemos dizer que só temos em conta informação da própria organização, no que diz respeito a dados quantitativos internos e/ou públicos

Grau B - Normalmente confiável

Grau C - Razoavelmente confiável

Grau D - Não é por norma confiável

Grau E - A confiabilidade não pode ser determinada

A maioria das fontes recairão nas categorias A e B, enquanto que no caso de novas fontes, estas provavelmente recairão na categoria E. Normalmente, o decorrer do tempo fará com que uma fonte passe de uma categoria para outra.

Até aqui tudo certo. Mesmo que a CIA fosse, como alguém pensa, o Culinary Institute of America e não a Central de Informação. Todos nós classificamos as nossas fontes desta forma empiricamente, mesmo não lhe dando esta categorização tão sistematizada.

Quando conhecemos alguém tratamos de colocá-la no Grau E e, á medida que o tempo e a relação se vão aprofundando, irá ser promovida a Grau A ou B. Naturalmente.

E quando conhecemos e privamos com alguém durante anos e não conseguimos tirá-lo do Grau E?
Acontece. Não gostamos menos de alguém por isso. O mistério até é, em muitos casos fonte de atracção.
E, além do mais, nós não somos a CIA e podemos ser atraídos pelo desconhecido.
Já Heraclito dizia que o oculto é o perigo e o perigo, convite a aderir ao oculto.

Mas o que dizer daqueles que, no minuto em que os conhecemos sabemos instintivamente que são confiáveis?
O que acontece no nosso cérebro? Que química é essa que nos leva a confiar cegamente em estranhos com a convicção absoluta de que são estranhos mas de confiabilidade de Grau A?
Que código é esse que transmitimos uns aos outros e que o nosso cérebro consegue descodificar sem percebermos como?
Quão indecifrável é a essência humana?
Que diremos nós aos outros sobre nós mesmos nos momentos de silêncio aparente?
Muito, concerteza.
Chamo-lhe intuição mas confesso que não sei o que é verdadeiramente a intuição.

Resta-me agradecer aos amigos que confiam em mim e regozijar-me por ter amigos de Grau A.

4 de dezembro de 2007

Outra Tertúlia

Uma Tertúlia Africana a visitar. Regularmente.

3 de dezembro de 2007

O Público errou...

O Público errou.
Errar é humano.
Considerar que uma sondagem é um resultado e fazer disso primeira página não é, para mim, um erro. É inexperiência.
Como não posso colocar José Manuel Fernandes no lote dos inexperientes, e muito menos nestas lides eleitorais, só me resta perguntar: O que se passa no Público?

Aerosmith-Crazy

Há coisas assim...

Voltar

Uma preguiça insolente de escrever no blog tem tomado conta de mim impedindo-me de tomar conta do meu blog.
Porque há vida para além do blog e nem sempre consigo retratá-la aqui com a distância e imparcialidade que impus a mim mesma.
Enfim, voltei e tenho em mim a convicção de que vou conseguir transpor mais do que o habitual para a Tertúlia.