Agora, apodrecer. Nas ruas, no suor das mãos amigas dos amigos, na pele dos espelhos... desespero sorrido, carne de sonho público, montras enfeitadas de olhos...
...mas apodrecer.
Bolor a fingir de lua, árvores esquecidas do princípio do mundo... "como estás, estás bem?", o telefone não toca! devorador de astros...
... mas apodrecer.
Sim, apodrecer de pé e mecânico, a rolar pelo mundo nesta bola de vidro, já sem olhos para aguçar peitos e o sol a nascer todos os dias no emprego burocrático de dar razão aos relògios, cada vez mais necessários para as certidões da morte exata,
Sim, apodrecer ...
"...as mãos, a còlera, o frio, as pálpebras, o cabelo a morte, as bandeiras, as lágrimas, a república, o sexo...
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