ao Ruy BeloEscrevo versos ao meio-diae a morte ao sol é uma cabeleiraque passa em fios frescos sobre a minha cara de vivoEstou vivo e escrevo solSe as minhas lágrimas e os meus dentes cantamno vazio frescoé porque aboli todas as mentirase não sou mais que este momento puroa coincidência perfeitano acto de escrever e solA vertigem única da verdade em ristea nulidade de todas as próximas paragensnavego para o cimotombo na claridade simplese os objectos atiram suas facese na minha língua o sol trepidaMelhor que beber vinho é mais claroser no olhar o próprio olhara maravilha é este espaço abertoa ruaum gritoa grande toalha do silêncio verde
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